Estudo alerta para impactos do El Niño
Está fazendo calor por aí? Se sim, fique atento, pois os termômetros podem indicar temperaturas ainda mais elevadas nos próximos meses. Essa previsão surge a partir de um estudo realizado por cientistas chineses, recentemente divulgado na revista científica Scientific Reports.
Segundo a pesquisa, existe uma probabilidade de 90% de a temperatura média da Terra atingir recordes até junho, sendo esse aumento diretamente relacionado ao fenômeno El Niño, que está ativo no Hemisfério Sul.
Cinco regiões são particularmente vulneráveis a esse aumento e, consequentemente, a eventos climáticos extremos. São elas: Baía de Benguela (Angola), Mar da China Meridional (Filipinas), Alasca, Mar das Caraíbas (Caribe) e a Amazônia.
O relatório destaca que esse iminente aumento de temperatura intensifica o risco de ondas de calor ao longo do ano, aumentando também a ameaça de incêndios florestais e outros impactos negativos. Diante disso, são necessárias medidas estratégicas de mitigação para reduzir os potenciais impactos adversos.
Entenda o que é o El Niño: O El Niño é identificado pelo aquecimento anormal e duradouro da superfície do Oceano Pacífico. Quando os ventos alísios, cruciais para desencadear o El Niño, se encontram originados dos Hemisférios Sul e Norte, mas apresentam enfraquecimento, a porção quente das águas permanece estagnada por mais tempo, resultando em um possível aumento de até 3 ºC na temperatura.
Quando chega ao fim esse fenômeno? De acordo com o relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), o principal órgão de monitoramento de El Niño e La Niña, a transição para o período de neutralidade está próxima. Nessa fase, nenhum dos dois fenômenos está em atividade. A projeção aponta uma probabilidade de 79% para esse processo ocorrer entre os meses de abril e junho de 2024.